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Um pouco de História:
A história de ocupação da Baixada de Jacarepaguá, onde se situa o Parque Natural Municipal Bosque da Barra, teve início ainda no período colonial, quando a cana de açúcar foi introduzida nesta região do Rio de Janeiro. A frágil vegetação original da Baixada de Jacarepaguá sofreu agressões em diversas localidades devido ao cultivo da cana. O posterior abandono deste ciclo econômico permitiu a regeneração de parte da vegetação original nesta região.
O acesso difícil foi o principal motivo para que o plantio da cana fosse abandonado, o relativo isolamento que a região passou a ter durou cerca de 100 anos. Tornando toda a região onde hoje se situa os bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Taquara, Curicica, Anil e vários outros, como uma das regiões rurais da cidade do Rio de Janeiro. O isolamento desta vasta região durou até metade do século 20, quando pouco a pouco a urbanização chegou à Baixada de Jacarepaguá, notavelmente no bairro da Barra da Tijuca.
Nos anos 70 o processo de construções de imóveis nesta parte da cidade, aliado à abertura de vias de acesso permitiu a consolidação da ocupação da Barra da Tijuca por uma nova classe média com anseio de morar próxima da praia.
Evidentemente que todo este conjunto de transformações no meio ambiente teve um preço caríssimo, já que as agressões ambientais eram feitas sem nenhum cuidado, planejamento ou reparação à Natureza. Mais um, de muitos crimes ocorridos durante os anos da ditadura militar.
O governo municipal, além de algumas pessoas e organizações preocupados com a preservação da flora e fauna das Restingas existentes na Baixada de Jacarepaguá, e visando não só a preservação da natureza, que na ocasião estava sendo agredida de forma bastante veloz; tinham também como meta estabelecer formas para controlar a invasão imobilíaria que acontecia àquela época na Barra da Tijuca.
Alguns dos principais eventos desta mobilização para preservar o meio ambiente da Baixada de Jacarepaguá foram:
A elaboração do Plano Piloto da Baixada de Jacarepaguá por Lucio Costa, notável arquiteto e urbanista, no final dos anos 60.
Decreto Municipal n° 3.046/1981, determinando a área do Bosque da Barra, com o objetivo de se preservar exemplares da fauna e da flora da região e também os elementos da paisagem natural.
Em 1983 o parque recebeu o nome de Arruda Câmara em homenagem a um médico e botânico.
Em 1992 com projeto paisagistico do arquiteto Mauro Sophia tendo por base o projeto arquitetônico de Carlos Werneck de Carvalho, o Bosque da Barra finalmente foi inaugurado.
Desde então a Fundação Parques e Jardins (FPJ) concebeu um programa de produção de mudas específicas do ecossistema Restinga, para promover o replantio das mesmas no Bosque da Barra. Este projeto pioneiro foi chamado de Projeto Flora do Litoral. Algumas plantas de Restinga estão ameaçadas de extinção e são produzidas pelo Projeto Flora do Litoral, que visa recompor a diversidade da flora em toda a planície de Jacarepaguá.
Em 1994 o projeto foi ampliado com a criação do Horto Carlos Toledo Rizzini, com 7.000m² de área e cujo principal função é pesquisar formas de melhorar a produção de mudas. Atualmente estima-se que 15.500 mudas de plantas arbóreas e arbustivas sejam produzidas por mês neste horto.
O Decreto Municipal n° 22.662 de 19/02/2003 renomeou o Parque Arruda Câmara para Parque Natural Municipal Bosque da Barra, mas muito mas conhecido simplesmente como o Bosque da Barra
Criado em: 1981
Área: 53 ha
Aberto para visitas de: 3ª a Domingo, das 08h00 às 17h00.
Outras Áreas Verdes do Rio de Janeiro
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Foto: Vinício Antônio Silva. Lago do Bosque da Barra, com Pedra da Gávea ao fundo - Barra da Tijuca. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”
ESTÁCIO DE SÁ - 1565
Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.
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