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domingo, 29 de janeiro de 2012
Cidade da Música - (Barra da Tijuca)
Às vezes eu fico me perguntando quando irá surgir um substituto ao uso do concreto armado. Uma outra coisa que me intriga é o uso do concreto como forma de se tentar criar "arte".
Passada a primeira década do século 21, com todo o avanço na pesquisa de materiais, com todo o apelo em se diminuir o uso de materiais não renováveis, o concreto está aí firme e forte na imaginação de projetistas que se imaginam também "artistas".
Bem próximo ao encontro da Avenida Ayrton Senna com a Avenida das Américas encontra-se a Cidade da Música, edificação inacabada que, mesmo se estivesse pronta, pareceria estar inacabada, tamanha é a, digamos, "ousadia" projetada em suas formas.
Iniciada no mandato do então prefeito César Maia, político extremamente discutível e controverso que esteve à frente da prefeitura carioca por alguns mandatos consecutivos, a Cidade da Música, que deveria ficar pronta no final de 2008, mas desde essa época segue em obras, que são aparentemente eternas. Para se ter uma idéia, o orçamento inicial de cerca de 80 milhões, já foi ultrapassado em várias vezes e, hoje, estima-se que já foi gasto no projeto (inacabado, eu repito) mais de 500 milhões de reais!
O prefeito Eduardo Paes, que em sua campanha prometeu passar a situação à limpo, aparentemente esqueceu do compromisso.
E assim segue a história de um elefante branco municipal que, se ficar pronto, provavelmente NUNCA retornará aos cofres da prefeitura do Rio de Janeiro a montanha de dinheiro enterrada naquela estranha "obra de arte". De forma alguma, ninguém até hoje foi responsabilizado por isso.
Passados mais de uma década de obras a Cidade da Música segue como um monumento ao desperdício de dinheiro público e um raro caso na arquitetura, de uma forma (bem disforme, por sinal) sem função nenhuma.
Ver também: Barra
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Foto: Vinício Antônio Silva. Cidade da Música - Barra da Tijuca. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”
ESTÁCIO DE SÁ - 1565
Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.
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