O antigo
Morro do Desterro, atual bairro de
Santa Teresa, foi loteado e ocupado durante o século 19, ocasião em que foi apresentado como uma alternativa ao Centro do Rio que, nessa época, apresentava problemas com diversas epidemias.
Apesar de existir o
Convento de Santa Teresa desde o século 18, o morro permaneceu escassamente povoado até seu loteamento, no século seguinte.
A urbanização do bairro privilegiou casas para a classe alta do século 19, que iam para Santa Teresa fugindo das epidemias comuns no Centro. Acreditava-se, na época, que locais acima do nível do mar eram desfavoráveis à propagação das doenças que arrasavam as partes baixas da cidade.
Exemplo raro no Rio de urbanização em àreas acidentadas, Santa Teresa foi beneficiada por seu rápido acesso ao Centro e com a implantação das linhas do
bonde, que existem até hoje embora os serviços estejam suspensos pela incompetência do poder público em fazer a manutenção do sistema como um todo (veículos, trilhos e linha de energia). Esse descaso culminou em um acidente fatal que vitimou várias pessoas em 2011.
A proximidade com vários bairros, além do charme dos antigos casarões e a presença do bonde trouxe ao bairro um grande número de intelectuais e artistas, gerando ali um perfil próprio e sem igual em toda a cidade.
Sem dúvida alguma, uma das inegáveis vantagens de Santa Teresa é a facilidade de se acessar ao
Centro e à alguns bairros da
Zona Sul, além da
Floresta da Tijuca (sobretudo ao
Cristo Redentor e ao
Mirante Dona Marta).
Um dos bons eventos doe Santa Teresa é o
Santa teresa de Portas Abertas, ocasião em que diversos ateliês de artistas ficam abertos para visitação do público em geral.
Outros locais interessantes do bairro são a
Escadaria Seláron (
foto), o
Museu Casa de Benjamin Constant, o
Museu Chácara do Céu, o
Parque das Ruínas, o
Castelo do Valentim (não é aberto para visitas), além dos diversos restaurantes, mirantes e, inclusive um
Templo Budista em meio à floresta.
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Foto: Vinício Antônio Silva. Escadaria Seláron - recebeu o nome do artista chileno que colocou os milhares de azulejos que compõem o atual mosaico - . Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”
ESTÁCIO DE SÁ - 1565
Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.